quarta-feira, maio 27, 2009

Torga em Linguagem SMS




Vou lançar um desafio.

Abram uma página no google, coloquem no motor de busca a seguinte frase: "Linguagem Sms", e analisem os sites informativos, as noticias de jornais, e web jornais.

Chegam a que conclusão?

Os alunos usam linguagem sms nos testes; cada vez mais isso acontece, e está a tornar-se o maior atentado à lingua portuguesa de sempre.

Como participante no Projecto "Diário XII", tenho que deixar aqui patente o objectivo deste desafio lançado pelo coordenador Manuel Dinis Alves, e aceite por mim, pela Micaela, e mais tarde pela Mariana Alves, e Laura Sobral que traduziram as páginas em falta e qua assim deram luz ao projecto que estava adiado.

Adiado, não esquecido.

O objectivo nunca foi ofender, denegrir, ou "gozar" com tão aclamado autor.

Todos nós, estudantes de letras, amantes da escrita, da informação, queremos acima de tudo preservar a nossa lingua a nossa origem.

Temo que me confundam com fascista e amante de Salazar.

Mas o tempo urge; e agora mais que nunca, conscencializar passa por ser radical, por mostrar a realidade que choca.

E realidade é que cada vez escrevemos pior, cada vez adoptamos formas de escrever rápidas, fáceis, e erradas.

E ainda assim, tapamos o sol com a peneira, e está tudo bem!

Certo?

A escolha de Miguel Torga não foi ao acaso.

Torga, escritor português, conceituado, estudado pelos alunos nos programas escolares.

Foi propositado a escolha de Torga.

Com o uso da obra desse autor, conseguimos trazer à luz do dia, o problema que se fala de animo leve e que não é resolvido.

Ninguém acharia "normal" ver um texto de Torga escrito com meias palavras, com "k" em vez de "q".

Que se discuta agora o futuro da lingua portuguesa; fico feliz pelo choque causado, porque só assim podemos discutir o problema abertamente.

Termino por agora com uma citação de Adolfo Correia Rocha (vulgo Miguel Torga) para reflectirmos um pouco:


"Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade"






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