sábado, maio 30, 2009

Woody Allen


Um dos meus realizadores preferidos, pela loucura, irreverência, e tradução da realidade de forma absurda mas concreta e real. Adoro-o.


Allan Stewart Königsberg (Brooklyn, Nova Iorque, 1 de dezembro de 1935) é um cineasta, roteirista, escritor, ator e músico americano, mais conhecido pelo pseudônimo de Woody Allen.
Muitos de seus filmes falam sobre neuroses comportamentais do dia-a-dia, sempre com uma crítica mordaz e sutil em longos diálogos analíticos.Allan Stewart Königsberg (
Brooklyn, Nova Iorque, 1 de dezembro de 1935) é um cineasta, roteirista, escritor, ator e músico americano, mais conhecido pelo pseudônimo de Woody Allen.

Cansaço

Agora que me sinto cansada, recordo Alvaro de Campos

O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
(...)Um supremíssimo cansaço.
Íssimo, íssimo. íssimo, Cansaço...

A palha do cigarro a queimar entre os dedos, o vento que me corre na alma vindo desta janela virada para lado nenhum, faz-me acreditar que o amanhã está para chegar. E que apesar deste cansaço..íssimo, íssimo, íssimo....eu não vou partir até o sol nascer...

sexta-feira, maio 29, 2009

Festa do Cavalo


A tradicional Festa do Cavalo de Porto Salvo decorre de 29 a 31 de Maio.
Esta décima edição oferece ao público espectáculos culturais e equestres de renome nacional e internacional, de onde destacamos o Passeio Equestre na Rota do Vinho de Carcavelos, uma das actividades mais procuradas por cavaleiros, amazonas e atrelagens, o qual para além do já habitual Carcavelos de Honra em frente aos Paços do Concelho, conta este ano com dois aliciantes adicionais: uma prova de toureio a campo e um almoço campero na Quinta do Marquês de Pombal. O Passeio tem lugar no dia 30, a partir das 9H30.
Em termos de espectáculos equestres, a aposta é trazer a Porto Salvo os expoentes máximos da arte equestre em Portugal, nomeadamente, o Centro Equestre Lezíria Grande, que integrará no seu espectáculo uma demonstração da Família Willms, proveniente da Bélgica, no dia 30, às 22H00.
O programa cultural abre no dia 29, às 22H00, com uma Festa com os finalistas do concurso da TVI “Uma Canção para Ti”, nomeadamente Beatriz Costa, Luís Caeiro e o pequeno Miguel Guerreiro. O folclore estará presente através da participação dos Ranchos Folclóricos do Concelho, mas também, a musica e a dança flamenca e o fado marialva irão abrilhantar as noites.
No que se refere às provas desportivas, destaque para a disputa da Taça do Campeonato Regional de Atrelagem – Zona Centro, com o recurso a obstáculos naturais, e para o Concurso de Obstáculos, com quatro provas de diferentes dificuldades.
Os amantes da tauromaquia, poderão testar a sua coragem nas várias garraiadas, onde os nervos de aço são testados na “Mesa da Tortura”, uma prova de bravura em que o último concorrente a abandonar o redondel se sagra vencedor.
A tarde do último dia será dedicada às Tunas Académicas.
Para além, dos diversos eventos, o visitante terá ao seu dispor expositores de artesanato e gastronomia, bem como, uma tenda com restaurantes.
Relembre-se que a Festa do cavalo é organizada pela Associação Equestre de Porto Salvo em parceria com a Câmara Municipal de Oeiras.

Gaudí


Arquitecto espanhol. Forma-se em Barcelona, cidade onde se desenvolve quase toda a sua trajectória profissional. Homem profundamente religioso, entrega-se de corpo e alma aos seus projectos e criações arquitectónicas. Morre atropelado por um carro eléctrico.
Antonio Gaudí é criador de um estilo próprio, estilo onde é possível observar a fusão do neogótico com as sinuosidades da arte nova. Ao longo da sua fecunda carreira, vai afirmando a sua linguagem arquitectónica, caracterizada pelo uso livre e ágil dos estilos do passado. Assim, no Parque Güell há uma colunata dórica, na Casa Vicens, elementos hispano-árabes, etc. A sua primeira obra importante é a Casa Vicens. Nomeado arquitecto para a Sagrada Família, reformula o projecto anterior e realiza parte das obras: é uma obra arquitectónica inacabada. O seu esquema geral é gótico, ainda que empregue arcos parabólicos, curvas de sinuosidade orgânica e biológica e abundante ornamentação vegetal. A esta primeira época devem-se El Capricho, de Santander, o Palácio Güell, de Barcelona, o palácio episcopal de Astorga e outras construções. Na plenitude da sua maturidade projecta e constrói em Barcelona a Casa Milà («La Pedrera») e o Parque Güell, bem como a Casa Batlló. Uma das suas últimas obras, a cripta de Santa Coloma de Cervelló, é uma condensação das suas inovações estruturais e plásticas: a planta constitui uma reinterpretação dos modelos góticos, havendo colunas inclinadas que assumem o papel de arcobotantes; e, sobretudo, prevalece uma relação orgânica entre o interior e o exterior, conseguida mercê de originalíssimas soluções de problemas estruturais.

Pancho Guedes


Obra do arquitecto em Exposição no CCB(Centro Cultural de Belém)



Amâncio d'Alpoim Miranda Guedes é arquitecto, escultor, pintor e Professor. É normalmente conhecido como Pancho Guedes. Nasceu em Portugal em 1925 mas estudou em diversos locais: S. Tomé e Príncipe, Guiné, Lisboa, Lourenço Marques, Joanesburgo, Porto. Foi professor e director do departamento de arquitectura na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo.O seu período mais criativo passou-o em Moçambique, nas décadas de 50 e 60, onde fez mais de 500 projectos para edifícios, muitos deles tendo sido construídos em Moçambique e alguns em Angola, África do Sul e Portugal. Por estas e outras razões ele é bastante conhecido um pouco por todo o mundo, sobretudo em meios ligados à arquitectura. Os seus edifícios e projectos exuberantes, ecléticos, complexos e pensativos, estando muito longe dos edifícios americanos do pós-guerra, foram suficientemente reconhecidos pela sua qualidade e originalidade. A sua imaginação visual absorve muitas influências, desde a arte de Africa ao surrealismo, e sintetiza-as num estilo que é reconhecivelmente seu, embora os resultados possam parecer diferentes à primeira vista. Ele foi um pós-moderno 20 anos antes do termo ser inventado e continua bastante activo, trabalhando em Portugal, inventando novos edifícios, esculturas e pinturas, numa altura em que completa 80 anos de vida. A. d'Alpoim Guedes, como assina os quadros, é o “filho” de Pancho Guedes, o executante, o “responsável por toda a obra, excepto o betão armado”. É também o historiador e o arquivista: é ele quem guarda os desenhos, as pinturas, as esculturas, as fotografias sobreviventes, que se tornam cada vez mais a cada dia que passa.A actividade como pintor surgiu quando estava a acabar o curso de arquitectura em Joanesburgo e participava em exposições com os artistas mais progressistas da época. Ganhava então um certo “status” como pintor: era conhecido, os seus professores iam ver as exposições e os seus quadros vendiam-se. Em 1961 esteve presente na Bienal de S. Paulo, Brasil, estando também presente na Bienal de Veneza no ano de 1975. Em 1962 as suas obras foram publicadas na revista francesa “L’Architecture d’Aujordui” com o título “Architectures Fantastiques”. Nesse mesmo ano participa no 1º Congresso de Arte Africana em Salibury, Rodésia, com a comunicação “The Auto-Biofarcical hour” onde apresenta pinturas, esculturas e outras obras que despertam um enorme interesse. Em 1987 teve uma exposição de desenhos e pinturas na Galeria Cómicos, em Lisboa, Portugal.É comendador da Ordem de Santiago e Espada e recebeu a Medalha de Ouro para a Arquitectura do Instituto dos Arquitectos Sul-africanos, havendo sido doutorado honoris causa pelas universidades de Pretória e Wits, na África do sul.

Museu dos Coches - Descobrimentos


Livro de horas

Aqui diante de mim, eu, pecador, me confesso de ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau que vão ao leme da nau nesta deriva em que vou.
Me confesso possesso das virtudes teologais, que são três, e dos pecados mortais, que são sete, quando a terra não repete que são mais.
Me confesso o dono das minhas horas O dos facadas cegas e raivosas, e o das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo andanças do mesmo todo.
Me confesso de ser charco e luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco que atira setas acima e abaixo da minha altura.
Me confesso de ser tudo que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.
Me confesso de ser Homem.
De ser um anjo caído do tal céu que Deus governa; de ser um monstro saído do buraco mais fundo da caverna.
Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim para dizer que sou eu aqui, diante de mim!

Adolfo Correia Rocha

A 12 de Agosto de 1907, nasce em Vila Real, aquele que viria a ser um dos maiores e mais bem conceituados autores portugueses.
Considerando que nenhum Deus é digno de louvor, a sua crença e ideologia centra-se no Homem, limitado, finito, condicionado, exposto à doença, à miséria, mas também ao poder de criação; tal poder que faz com que o homem seja capaz de se impor à natureza; tal como os camposeses transmontanos impuseram a sua vontade de semear terra aos penedos bravios das serras.

É por esse poder do Homem, que Torga considera este, como o único ser digno de adoração.


Em 1934, então com 27 anos, Adolfo Correia Rocha autodefine-se pelo pseudónimo : "Miguel" e "Torga", em homenagem a dois grandes vultos da cultura Ibérica: Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno. Quanto ao apelido, Torga é uma planta brava da montanha, que deita raízes fortes sob a aridez da rocha, de flor branca, arroxeada ou cor de vinho, com um caule rectilíneo.


Também foi e é assim Torga, como a planta, bravo, com raízes tão fortes que predura, e predurará nas memórias de quem o conheceu, de quem o não conhece, e de quem ainda nem sequer nasceu.








Passados 3 anos....

Olá

Passados 3 anos da criação deste blog, estou mais crescida....

"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos...."

Shakespeare

quarta-feira, maio 27, 2009

Obrigatorio Visitar

Nada melhor que falar com dados, sitios a visitar urgentemente!
http://diarioxii.blogspot.com/
http://torgaemsms2.blogspot.com/

Torga em Linguagem SMS




Vou lançar um desafio.

Abram uma página no google, coloquem no motor de busca a seguinte frase: "Linguagem Sms", e analisem os sites informativos, as noticias de jornais, e web jornais.

Chegam a que conclusão?

Os alunos usam linguagem sms nos testes; cada vez mais isso acontece, e está a tornar-se o maior atentado à lingua portuguesa de sempre.

Como participante no Projecto "Diário XII", tenho que deixar aqui patente o objectivo deste desafio lançado pelo coordenador Manuel Dinis Alves, e aceite por mim, pela Micaela, e mais tarde pela Mariana Alves, e Laura Sobral que traduziram as páginas em falta e qua assim deram luz ao projecto que estava adiado.

Adiado, não esquecido.

O objectivo nunca foi ofender, denegrir, ou "gozar" com tão aclamado autor.

Todos nós, estudantes de letras, amantes da escrita, da informação, queremos acima de tudo preservar a nossa lingua a nossa origem.

Temo que me confundam com fascista e amante de Salazar.

Mas o tempo urge; e agora mais que nunca, conscencializar passa por ser radical, por mostrar a realidade que choca.

E realidade é que cada vez escrevemos pior, cada vez adoptamos formas de escrever rápidas, fáceis, e erradas.

E ainda assim, tapamos o sol com a peneira, e está tudo bem!

Certo?

A escolha de Miguel Torga não foi ao acaso.

Torga, escritor português, conceituado, estudado pelos alunos nos programas escolares.

Foi propositado a escolha de Torga.

Com o uso da obra desse autor, conseguimos trazer à luz do dia, o problema que se fala de animo leve e que não é resolvido.

Ninguém acharia "normal" ver um texto de Torga escrito com meias palavras, com "k" em vez de "q".

Que se discuta agora o futuro da lingua portuguesa; fico feliz pelo choque causado, porque só assim podemos discutir o problema abertamente.

Termino por agora com uma citação de Adolfo Correia Rocha (vulgo Miguel Torga) para reflectirmos um pouco:


"Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade"