sexta-feira, maio 29, 2009

Pancho Guedes


Obra do arquitecto em Exposição no CCB(Centro Cultural de Belém)



Amâncio d'Alpoim Miranda Guedes é arquitecto, escultor, pintor e Professor. É normalmente conhecido como Pancho Guedes. Nasceu em Portugal em 1925 mas estudou em diversos locais: S. Tomé e Príncipe, Guiné, Lisboa, Lourenço Marques, Joanesburgo, Porto. Foi professor e director do departamento de arquitectura na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo.O seu período mais criativo passou-o em Moçambique, nas décadas de 50 e 60, onde fez mais de 500 projectos para edifícios, muitos deles tendo sido construídos em Moçambique e alguns em Angola, África do Sul e Portugal. Por estas e outras razões ele é bastante conhecido um pouco por todo o mundo, sobretudo em meios ligados à arquitectura. Os seus edifícios e projectos exuberantes, ecléticos, complexos e pensativos, estando muito longe dos edifícios americanos do pós-guerra, foram suficientemente reconhecidos pela sua qualidade e originalidade. A sua imaginação visual absorve muitas influências, desde a arte de Africa ao surrealismo, e sintetiza-as num estilo que é reconhecivelmente seu, embora os resultados possam parecer diferentes à primeira vista. Ele foi um pós-moderno 20 anos antes do termo ser inventado e continua bastante activo, trabalhando em Portugal, inventando novos edifícios, esculturas e pinturas, numa altura em que completa 80 anos de vida. A. d'Alpoim Guedes, como assina os quadros, é o “filho” de Pancho Guedes, o executante, o “responsável por toda a obra, excepto o betão armado”. É também o historiador e o arquivista: é ele quem guarda os desenhos, as pinturas, as esculturas, as fotografias sobreviventes, que se tornam cada vez mais a cada dia que passa.A actividade como pintor surgiu quando estava a acabar o curso de arquitectura em Joanesburgo e participava em exposições com os artistas mais progressistas da época. Ganhava então um certo “status” como pintor: era conhecido, os seus professores iam ver as exposições e os seus quadros vendiam-se. Em 1961 esteve presente na Bienal de S. Paulo, Brasil, estando também presente na Bienal de Veneza no ano de 1975. Em 1962 as suas obras foram publicadas na revista francesa “L’Architecture d’Aujordui” com o título “Architectures Fantastiques”. Nesse mesmo ano participa no 1º Congresso de Arte Africana em Salibury, Rodésia, com a comunicação “The Auto-Biofarcical hour” onde apresenta pinturas, esculturas e outras obras que despertam um enorme interesse. Em 1987 teve uma exposição de desenhos e pinturas na Galeria Cómicos, em Lisboa, Portugal.É comendador da Ordem de Santiago e Espada e recebeu a Medalha de Ouro para a Arquitectura do Instituto dos Arquitectos Sul-africanos, havendo sido doutorado honoris causa pelas universidades de Pretória e Wits, na África do sul.

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