sexta-feira, junho 12, 2009

Remexendo no passado

Estou em Coimbra, a sentir o cheiro e o colo da minha cidade, da minha casa, da minha família.
Fui embora, mas o coração ficou metade aqui...e as recordações, as papeladas, as fotos, as recordações...continuam aqui, intocáveis no meu quarto. Estas quatro paredes que foram o meu mundo, o meu refugio, o meu pedaço de céu.
Hoje remexi no passado, fui abrir pastas, malas, o baú de recordações...e fiquei hilariante com tudo o que encontrei e que já nem me lembrava.
Como este:

Quando não há saída

Quando não há saída,
procura-se sempre a outra porta da vida,
nem sempre é o melhor caminho, mas
é o único que queremos arranjar.
Ao virar da esquina há sempre uma porta
aberta, nem sempre para ajudar
mas muitas vezes a querer cobrar.
Cobrar uma passagem para uma nova vida
uns ficam para trás, outros seguem em frente
os que ficam lamentam toda a vida
por não terem aproveitado a saída
mas, agradecem por poderem ainda
ver o por do sol.
Nada se faz sem um preço nesta vida.
Se queres ajuda tens que ter dinheiro
Não existe solidariedade sem um preço.
Cada vez o mundo está pior, e o
que eu vejo é que não há saída.
Quando não há saída todos
os braços se fecham, o calor humano
deixa de existir, e o mundo
sem querer lutar
lutar por uma vida melhor
Para tudo há um preço...
e a esse preço chama-se
O Preço da Vida

Márcia Arzileiro
14\07\1998
21h15m

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